Autorização pode ser feita por
meio eletrônico diretamente pela plataforma e-Notariado
Neste sábado, o Brasil celebra o Dia Nacional da Doação de Órgãos, data instituída pelo Ministério da Saúde para conscientizar a população sobre a importância desse gesto de solidariedade que pode salvar vidas. De acordo com o órgão, foram realizados mais de 30 mil transplantes em 2024 — números que tendem a crescer com o apoio da tecnologia notarial.
Desde abril de 2024, os cidadãos
podem manifestar e formalizar a vontade de doar órgãos de forma simples,
gratuita e 100% digital, por meio da Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (Aedo).
Lançada pelo Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal
(CNB/CF), em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Ministério
da Saúde, a Aedo já soma mais de 850 solicitações emitidas em todo o Rio Grande
do Sul, fortalecendo a política pública de transplantes no Brasil.
“A adesão à Aedo tem sido notável
no Estado. A possibilidade de manifestar o desejo de ser doador de órgãos de
forma totalmente eletrônica, diretamente pela plataforma e-Notariado, trouxe
mais praticidade para a população”, destaca a presidente do CNB/RS, Rita
Bervig. “Essa inovação tecnológica está simplificando e incentivando um gesto
tão nobre, que é o de salvar vidas. Com a Aedo, o processo fica mais acessível
e ágil, fortalecendo nosso sistema e oferecendo mais esperança a quem aguarda
na fila por um transplante. É um avanço significativo que humaniza e moderniza
este ato de solidariedade”, acrescenta.
De acordo com o Ministério da
Saúde, os transplantes mais realizados em 2024 foram os de rim (6.320
transplantes) e os de fígado (2.454), entre os sólidos, e os de córnea (17.107)
e os de medula óssea (3.743) entre os líquidos.
Como funciona a Aedo
O processo é totalmente digital,
realizado por meio da plataforma e-Notariado. O interessado acessa o site, solicita
gratuitamente um Certificado Digital Notarizado, realiza videoconferência com
um tabelião de notas e assina eletronicamente o documento, escolhendo quais
órgãos deseja doar.
A Aedo passa a integrar
automaticamente a Central Nacional de Doadores de Órgãos, podendo ser
consultada por profissionais de saúde credenciados no Sistema Nacional de
Transplantes. O documento pode ser revogado a qualquer momento pelo cidadão.
Com mais de 42 mil pessoas na fila por um transplante no Brasil, a Aedo representa um instrumento poderoso de conscientização e engajamento. A data de 27 de setembro reforça essa mobilização nacional e destaca que a decisão de doar pode transformar vidas e oferecer esperança a milhares de famílias.
Fonte: Correio do Povo