O Judiciário se livrou de mais de 1 milhão
de processos nos últimos cinco anos devido a inovações legais que deram mais
poder aos Cartórios realizarem atos que antes iam parar nos tribunais do país
O movimento, conhecido como
“desjudicialização”, resultou em economia de mais de R$ 2,3 bilhões aos cofres
públicos e em maior agilidade para a resolução de demandas que não envolvessem
conflitos.
É o que mostra a nova edição do “Cartórios
em Números”, da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (ANOREG/BR),
que representa cerca de 13 mil Cartórios extrajudiciais do país.
Segundo a associação, esse processo
começou em 2007, com a lei que permitiu resolver casos sem conflitos de
inventários, divórcios, usucapiões e retificações diretamente em Cartórios.
Em 2023, novas mudanças foram introduzidas
pelo marco legal das garantias. Ele delegou aos tabelionatos de protestos a
possibilidade de solução negocial prévia, o incentivo à renegociação e a
modernização da intimação.
Nos tabelionatos de notas, foram
incorporados a arbitragem, a conciliação e mediação, a Conta Notarial (Escrow),
a ata notarial para verificação de condição resolutiva, a ata de arrematação no
leilão da hipoteca, a execução extrajudicial da hipoteca e a central e
escritura de cessão de precatórios.
Quase 11 mil brasileiros mudaram nome em
Cartório após permissão
Cartórios de registro de imóveis passaram
a fazer atos de alienação fiduciária múltipla, hipoteca extrajudicial. Já nos
de registro de títulos e documentos, foram incorporadas a execução
extrajudicial da alienação fiduciária de bens móveis e a busca e apreensão
extrajudicial de bens móveis.
A ANOREG/BR estima que essas inovações
geraram economia superior a R$ 10 bilhões.
Fonte: Folha
de São Paulo