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Memorial do Rio Grande do Sul celebra 25 anos com história preservada por documentos cartoriais

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CNB/RS destaca a importância dos arquivos na proteção do patrimônio cultural do edifício

O Memorial do Rio Grande do Sul, instituição vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), completa 25 anos de atividades em um dos edifícios mais emblemáticos da capital: o antigo prédio dos Correios e Telégrafos na Praça da Alfândega.

Criado pelo Decreto nº 39.986/2000, o Memorial nasceu com a missão de preservar e difundir a rica história do Estado. Seu acervo - composto por documentos, fotografias e objetos - serve como base para pesquisas, exposições e atividades que estimulam a reflexão sobre a identidade cultural do Rio Grande do Sul.

O prédio, de propriedade dos Correios, é um exemplo emblemático de como os registros cartoriais são fundamentais para a salvaguarda de bens históricos. Como explica a historiadora do Memorial, Frinéia Zamin, " o acautelamento legal do patrimônio cultural material por parte do poder público, seja na instância municipal, estadual ou federal, se dá por meio do Tombamento. Trata-se de um ato administrativo ancorado em processo envolvendo pesquisas e estudos a fim de analisar a situação e avaliar a relevância do bem, o que deve resultar em Parecer Técnico que justifique o ato de tombamento. A abertura do processo administrativo acontece após avaliação prévia, momento em que o bem é identificado com o levantamento de informações iniciais, dentre elas a de propriedade".

A sede do Memorial é tão significativa quanto seu conteúdo. Construído entre 1910 e 1914, o imponente prédio em estilo eclético foi tombado pelo IPHAN em 1980. A adaptação do espaço para fins culturais resultou de um acordo inovador entre o governo estadual e os Correios, que mantiveram no local um Museu Postal e um espaço para atividades culturais - uma homenagem às origens do edifício.

No caso do Memorial do Rio Grande do Sul, o tombamento garantiu a preservação de sua arquitetura centenária e de seu acervo, que narra a formação do estado. O prédio, que já abrigou a Agência Central dos Correios, foi adaptado para se tornar um espaço de memória em 2000, após um cuidadoso trabalho de restauro.

“Os registros de propriedades imobiliárias, assim como outros documentos cartoriais, são importantes fontes que historiadores (as) utilizam para diversos temas de pesquisa. No caso específico do patrimônio cultural material, os registros de imóveis oferecem pistas essenciais para reconstituir a historicidade do bem cultural a ser preservado, o que envolve, dentre outros elementos, as relações socioeconômicas e o desenvolvimento do lugar do qual o bem faz parte ao longo de sucessões até o tempo presente", afirma Frinéia.

Além do Memorial, o prédio abriga outras duas importantes instituições: o Arquivo Histórico do RS (AHRS), guardião de documentos fundamentais para entender a formação do Estado e o Museu Antropológico do RS (Mars), que preserva a diversidade cultural gaúcha.

A celebração dos 25 anos do Memorial reforça a importância da documentação cartorária na preservação da memória coletiva. "Certidões e registros imobiliários não são apenas formalidades – são instrumentos que protegem nossa história para as futuras gerações", conclui a entidade.

Fonte: Assessoria de Comunicação – CNB/RS