Caso de Antonio Cícero reacendeu debate sobre o
instrumento que serve para que pessoas possam expressar suas escolhas sobre
tratamentos futuros em casos de condição que impeça manifestação de vontade
Mais de 8 mil Diretivas Antecipadas de Vontade (DAVs), popularmente conhecidas
como Testamento Vital, foram registradas em cartórios de notas do Brasil. O
debate sobre o instrumento ganhou força após a notícia da morte assistida do
poeta Antônio Cícero no dia 23 de outubro, na Suíça.
A procura é impulsionada pelo desejo da população de
manter controle sobre decisões críticas de saúde, refletindo uma mudança
cultural em relação à autonomia sobre o próprio corpo e à dignidade no
tratamento médico, conforme explica a presidente do Colégio Notarial do Brasil
– Conselho Federal, Giselle Oliveira de Barros.
“O Testamento Vital é uma ferramenta poderosa para o
planejamento pessoal, que evita dúvidas e conflitos familiares e, sobretudo,
permite que o cidadão exerça seu direito de decidir sobre o próprio corpo e
tratamento, mesmo quando já não pode manifestar sua vontade”, diz a tabeliã.
Fonte: Estadão