Cerca de 50 unidades
foram atingidas pela inundação do mês de maio
Dos 774 cartórios do
Rio Grande do Sul, 30 foram atingidos diretamente pela enchente do mês de maio.
Outros 48 ficaram sem acesso pelos alagamentos nas ruas. Conforme o
levantamento da Associação dos Notários e Registradores do Estado do Rio Grande
do Sul (Anoreg RS), dez das serventias tiveram os acervos destruídos.
Os documentos só não
foram perdidos porque, desde 2018, uma determinação do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) acelerou o processo de digitalização dos cartórios.
— A gente está fazendo
sempre o escaneamento dos livros. Aqui no Rio Grande do Sul, praticamente quase
todos os cartórios já têm um sistema de backup em nuvem. Ou seja, todas as
informações são guardadas em nuvem e é feito sistematicamente um backup
diariamente, mais de uma vez por dia — explica o presidente da Anoreg do
Estado, Cláudio Nunes Grecco.
Grecco avalia que a
medida é importante para garantir a segurança de dados públicos, já que as
informações dos cartórios também são prestadas a órgãos governamentais, como
INSS, Instituto-Geral de Perícias e outros. Cerca de 204 colaboradores dos
cartórios foram prejudicados com a inundação. As associações de outros estados
e cooperativas do setor se mobilizaram para fazer doações, inclusive de equipamentos
para os lugares afetados.
Após a enchente, a
procura pelos serviços de registros de imóveis, escrituras e certidões também
disparou. A busca por loteamento de regiões mais altas também chamou a atenção
nos estabelecimentos. A principal orientação é que a população busque as
informações na internet, até pelo site da Anoreg, antes de procurar os
cartórios.
— Nós temos acessos que
a pessoa não precisa levar escritura ao cartório, ele pode ser feito de maneira
virtual. Então, por meio do sistema de virtualização dos documentos, esses
documentos entraram no serviço de forma virtual, que é pela ONR, que é o nosso
portal de acesso na internet, explica Greeco.
Fonte: Gaúcha
ZH