James Cassiano da
Silva ressalta que autorização eletrônica ajuda famílias em momento de dúvida e
reduz entraves, mas destaca que diálogo familiar ainda é principal desafio
Em entrevista ao Colégio Notarial
do Brasil – Seção Rio Grande do Sul (CNB/RS), em alusão ao Dia Nacional da
Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro, o chefe substituto da Divisão de
Transplantes do Rio Grande do Sul, James Cassiano da Silva, destacou a AEDO –
Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos como um instrumento que traz
agilidade e segurança ao processo de doação, apoiando tanto as famílias quanto
as equipes de saúde.
Ele ponderou, no entanto, que a
falta de conversa entre familiares sobre o tema ainda são os maiores obstáculos
para ampliar o número de doações no Estado. A campanha Setembro Verde, segundo
ele, é fundamental para estimular esse diálogo e consolidar a cultura de
doação.
A plataforma digital (www.aedo.org.br),
lançada em abril de 2024, tem contribuído para desburocratizar e incentivar a
doação, além de integrar os dados à Central Nacional de Doadores de Órgãos — um
avanço que chega para transformar vidas e reduzir a fila de espera, que hoje
supera 42 mil pessoas no país.
Confira a entrevista na íntegra:
CNB/RS - Qual a importância da
AEDO (Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos) e do apoio dos Tabelionatos
do RS para agilizar e dar segurança ao processo de doação de órgãos no Estado?
James Cassiano da Silva -
A AEDO é importante porque pode auxiliar a própria família em momentos de
indecisão, além de apoiar os profissionais de saúde responsáveis pelo
acolhimento e pela entrevista para a doação de órgãos. Ela traz mais clareza,
segurança e agilidade ao processo.
CNB/RS - Como a AEDO pode
impactar no aumento do número de doações e na redução da lista de espera por
transplantes no RS?
James Cassiano da Silva -
Nesse sentido, a AEDO pode sim contribuir para ampliar os registros de doadores
no Estado, resultando em um aumento significativo nas doações e,
consequentemente, na redução da lista de espera por transplantes.
CNB/RS - Na sua avaliação,
quais são os maiores desafios hoje para a doação de órgãos no Estado, e de que
forma a AEDO e a conscientização durante o Setembro Verde ajudam a
enfrentá-los?
James Cassiano da Silva – O maior obstáculo ainda é a falta de informação e
de diálogo dentro das famílias sobre a doação de órgãos. A AEDO, aliada às
campanhas de conscientização do Setembro Verde, contribui para ampliar o
debate, reduzir dúvidas e estimular que as famílias conversem sobre o tema,
fortalecendo a cultura da doação no Estado.
Fonte: Assessoria de
Comunicação - CNB/RS